Campanhas de Vacinação: Um Instrumento Estratégico de Saúde Pública

As campanhas de vacinação promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) constituem estratégias fundamentais para a prevenção e o controle de doenças imunopreveníveis. Essas campanhas visam ampliar a cobertura vacinal em todo o território nacional, com foco na proteção de grupos vulneráveis e na erradicação de enfermidades anteriormente endêmicas no país.

 

Importância das campanhas de vacinação

 

A vacinação é considerada uma das mais importantes intervenções em saúde pública. Por meio de ações organizadas e regulares, o Brasil conseguiu avanços significativos, como a eliminação da poliomielite e o controle de doenças como sarampo, rubéola e tétano neonatal.

As campanhas contribuem para a redução da carga de doenças, hospitalizações e óbitos evitáveis. Além disso, promovem a equidade no acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas remotas ou em situação de vulnerabilidade social.

 

Organização e públicos-alvo

As campanhas de vacinação são coordenadas em âmbito federal pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde. São realizadas em datas específicas, definidas anualmente, e abrangem públicos-alvo de acordo com a faixa etária, fatores de risco ou cenário epidemiológico.

Os principais grupos priorizados incluem:

Crianças de até cinco anos de idade;

Gestantes e puérperas;

Idosos;

Trabalhadores da saúde;

Pessoas com comorbidades;

Povos indígenas e comunidades tradicionais.

 

Vacinas comumente ofertadas

Durante as campanhas, são disponibilizadas vacinas essenciais à proteção da saúde individual e coletiva. Entre elas, destacam-se:

Influenza (gripe);

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola);

Poliomielite;

Hepatite B;

HPV;

Meningocócica C e ACWY;

COVID-19 (reforços conforme orientações vigentes);

Febre amarela (em regiões endêmicas).

 

Atualização vacinal e enfrentamento à hesitação

Além da imunização de rotina, as campanhas também promovem a atualização da caderneta vacinal, com foco na regularização de esquemas atrasados. Essa abordagem amplia a proteção da população e fortalece a vigilância em saúde.

Outro desafio enfrentado pelos serviços de saúde é a hesitação vacinal, agravada pela desinformação e pela disseminação de notícias falsas. Nesse sentido, a atuação técnica e educativa dos profissionais da saúde é essencial para restaurar a confiança nas vacinas e garantir a adesão às campanhas.

O fortalecimento das campanhas de vacinação reafirma o compromisso com a saúde coletiva e a efetivação do direito à saúde previsto na Constituição Federal.

 

Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações: 50 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 18 maio 2025.

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Imunização. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. (Cadernos de Atenção Básica, n. 21). Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 18 maio 2025.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Semana de Vacinação nas Américas 2024. Washington, D.C.: OPAS/OMS, 2024. Disponível em: https://www.paho.org/pt. Acesso em: 18 maio 2025.