A realização de testes diagnósticos para COVID-19 e Influenza constitui uma das principais estratégias para a vigilância epidemiológica, a interrupção de cadeias de transmissão e a adequada condução clínica dos casos. Ambos os vírus causam síndromes respiratórias agudas com sintomas semelhantes, o que torna o diagnóstico laboratorial fundamental para a conduta terapêutica e para ações de saúde pública.
Tanto a COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, quanto a Influenza, causada pelos vírus Influenza A e B, apresentam manifestações clínicas como febre, tosse, dor de garganta, fadiga, mialgia e, em casos mais graves, insuficiência respiratória. Devido à semelhança dos quadros clínicos, especialmente em períodos de sazonalidade viral, torna-se essencial a confirmação laboratorial para orientar o tratamento e o isolamento adequado.
Os testes podem ser classificados de acordo com o tipo de amostra analisada e com o objetivo do diagnóstico (detecção do vírus ou de anticorpos):
RT-PCR: considerado padrão-ouro, identifica a presença do material genético do vírus na fase aguda da infecção;
Testes rápidos de antígeno: utilizados para triagem, com maior sensibilidade nos primeiros dias de sintomas;
Testes sorológicos: detectam anticorpos e são mais indicados para investigação retrospectiva da exposição ao vírus.
Para Influenza, o diagnóstico também pode ser realizado por RT-PCR ou testes rápidos, que são úteis para definir o uso de antivirais como o oseltamivir.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a testagem para COVID-19 e Influenza é indicada conforme diretrizes do Ministério da Saúde e está inserida na rotina de unidades sentinelas, hospitais e serviços de atenção primária. Pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave devem ser avaliados quanto à necessidade de testagem, com prioridade para grupos de risco, profissionais de saúde e situações de surtos.
O acesso ao diagnóstico laboratorial rápido permite decisões clínicas mais assertivas, evita uso desnecessário de medicamentos e contribui para o monitoramento de novas variantes virais e cepas circulantes.
A vigilância laboratorial de vírus respiratórios é essencial para a tomada de decisões em saúde pública, inclusive para a definição de campanhas de vacinação, medidas de controle e alocação de recursos assistenciais. A integração entre os sistemas de notificação e as ações de vigilância contribui para a prevenção de surtos e para o enfrentamento de pandemias.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica: COVID-19. Brasília: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 18 maio 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico do Novo Coronavírus (COVID-19) na Atenção Primária à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 18 maio 2025.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância epidemiológica da Influenza. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude. Acesso em: 18 maio 2025.